12 Horas para Sobreviver – O Ano da Eleição – Resenha

Nota IMDB: 6.1/10
Título Original: The Purge – Election Year
Título Traduzido: 12 Horas para Sobreviver:  O Ano da Eleição
Gênero: Ação, Horror, Sci-Fi
Data e País: 01 de Julho, EUA
Duração: 109 min.
Diretor: James DeMonaco
Escritores: James DeMonaco
Elenco Principal: Frank Grillo, Elizabeth Mitchell, Mykelti Williamson
Slogan: Por apenas uma noite, a América convida você para sua tradição anual.
Sinopse:

Fazem dois anos desde que Leo Barnes (Frank Grillo) deixou de cometer um deplorável ato de vingança na Noite do Expurgo. Agora, trabalhando como chefe de segurança para a Senadora Charlie Roan (Elizabeth Mitchell), sua missão é protegê-la na corrida para a presidência e sobreviver ao rito anual que tem como alvo pobres e inocentes. Mas, quando uma traição os obriga a ir para as ruas de Washington D.C na única noite onde não existe ajuda disponível, eles devem permanecer vivos até o amanhecer… ou ambos serão sacrificados por seus pecados contra o Estado.

ATENÇÃO: este post pode conter spoilers*!

*Spoilers: revelações do enredo de obras como filmes e livros.

Imagine viver em PAZ durante 364 dias do ano, porém ter permissão para que por 12 horas, todos os crimes, incluindo assassinatos, sejam liberados sem qualquer tipo de punição? (seria essa a solução?!)

Essa é a premissa do filme 12 Horas para Sobreviver – O Ano da Eleição, terceiro filme da trilogia The Purge, que estreia hoje (06/10/16) nos cinemas brasileiros. 12 Horas para Sobreviver é como se fosse uma continuação do segundo filme, porém não é necessário ver o segundo para entender a história do novo filme.

Os outros dois filmes da série, Uma Noite de Crime e Uma Noite de Crime: Anarquia, possuem a mesma premissa, porém com poucas diferenças como onde o filme se passa e personagens diferentes.

Antes de continuar, deixa eu dizer que não gostei nem um pouco da troca do nome do filme, em português. Por mim poderiam ter continuado o chamando de Uma Noite de Crime, com o subtítulo “Ano de Eleição”, que seria melhor. Não sei se uma mudança a essa altura do campeonato foi uma boa estratégia. Se a idéia era melhorar o marketing do filme, isso deveria ter sido feito em 2013, quando o primeiro filme foi lançado.

Enfim…

Como não falei sobre os outros filmes aqui no blog, essa resenha vai ser três-em-um hahaha…

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No primeiro filme, chamado Uma Noite de Crime, somos apresentados ao fato de que, dentre outros resultados, as taxas de criminalidade caíram drasticamente nos Estados Unidos, após uma emenda ter sido aprovada pelo governo.

Essa emenda é chamada de “Noite do Expurgo” e prevê que uma vez por ano, durante 12 horas, a população tenha permissão para cometer quaisquer tipos de crimes, incluindo homicidios, sem que sofram qualquer tipo de punição. Porém, assim como os crimes estão liberados, policiais, bombeiros e médicos, não possuem autorização para trabalhar. Ou seja, salve-se quem puder…

Como nem tudo são flores, quem acaba sofrendo são aqueles que não tem como se proteger.

A história gira em torno da família Sandin, composta por James, (Ethan Hawke, famosinho em Hollywood), sua esposa Mary, (Lena Headey – Cersei de GoT) e seus dois filhos. A família mora em uma mansão em Los Angeles.

Um pouco antes da Noite do Expurgo começar, James retorna para casa e se prepara para ligar o sistema de segurança, que a empresa em que trabalha fabrica especialmente para o “evento” e cada um deles segue para algum canto da casa para “matar” o tempo. Que piada boa! haha

Acontece que após o horário marcado para começo do expurgo, o filho de James vê, através dos monitores do sistema de segurança, um homem que fora baleado e não pensa duas vezes e  desarma o sistema para que possa ajudar o cara.

Esse cara por sua vez está sendo “caçado” por um grupo de pessoas mascaradas, que, com sede de morte, se dirigem para a casa da família de James.

O grupo então, muito educadamente, toca a campainha e fala que se a família não entregar o homem, eles irão invadir a casa e matar todo mundo. 🙂

A partir daí muitas coisas acontecem. Não tem como dizer que não existe tensão durante o filme.

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No segundo filme, chamado Uma Noite de Crime: Anarquia, temos a mesma premissa do primeiro filme, durante 12 horas todos os crimes são permitidos sem qualquer tipo de punição, porém dessa vez, não estamos “presos” ao que acontece em um local específico.

O segundo filme nos leva às ruas de Los Angeles, onde conhecemos a história de três grupos diferentes que acabam se encontrando. Só por aí, já dá para ter noção de que muita coisa louca vai acontecer!

O primeiro grupo é um casal, Shane e Liz (Zach Gilford e Kiele Sanchez), que está em seu carro indo para casa pouco antes do expurgo começar, quando… o carro quebra… Os dois então, se vêem obrigados a ficar na rua e procurar abrigo, para tentar sobreviver às 12 horas de crime.

O segundo grupo é composto por mãe e filha, Eva e Cali (Carmem Ejogo e Zoe Soul), que fogem de casa após Rico (John Beasley), marido de Eva e pai de Cali, se entregar como sacrificio em troca de dinheiro para a  família.

E por fim, temos o protagonista que é o sargento Leo Barnes (Frank Grillo), que planeja participar do expurgo anual a fim de se vingar da morte do filho.

Os caminhos dos três grupos se cruzam, quando Leo salva Eva e Cali e encontra o casal se escondendo em seu carro.

Novamente, muita coisa acontece antes e depois do que eu relatei acima. Dessa vez, o filme explora mais oportunidades e acaba entregando um pouco mais do que o filme anterior.

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Ufa… chegamos à estrela da festa: 12 Horas para Sobreviver – O Ano da Eleição. Inicialmente, este post iria falar apenas desse filme, mas achei que seria injusto com os outros! Haha…

Em O Ano da Eleição, temos um personagem conhecido. Leo Barnes (Frank Grillo), do segundo filme, continua sendo protagonista do filme, porém dessa vez ao lado da Senadora Charlie Roan (Elizabeth Mitchell).

No inicio do filme, que celebra os 20 anos da Noite do Expurgo, conhecemos a Senadora Charlie Roan. Descobrimos também, que 18 anos atrás, ela sobreviveu à noite do Expurgo, após ter sido poupada por sua mãe, que foi obrigada a escolher alguém para sobreviver.

Charlie, é candidata à presidência e durante um debate, que ocorre dois dias antes da Noite do Expurgo,  promete que caso seja eleita, irá acabar com a tradição, visto que apenas a população pobre sofre com os efeitos do evento.

O debate faz com que Charlie ganhe muitos seguidores, que torcem pelo fim do expurgo, e isso acaba despertando a ira do atual governo, formado por membros do partido NPFA (Novos Pais Fundadores da América), incluindo seu concorrente, o Ministro Edwidge Owens (Kyle Secor).

Um dia antes do expurgo, o NPFA decide anular a lei que dá imunidade aos políticos durante o período o evento, para que possam eliminar a concorrência.

No dia do expurgo, Leo, agora chefe de segurança da Senadora, teme pelo que pode acontecer com ela, que se recusa a sair de casa. Ele monta um esquema junto com sua equipe, porém, acaba sendo traído e se vê obrigado a ir para as ruas de Washington D.C. com Charlie.

Ao mesmo tempo que acompanhamos a história dos dois, temos também Joe Dixon (Mykelti Williamson) que é dono de uma loja de conveniência e seu assistente Marcos Dalie (Joseph Julian Soria), e Laney Rucker (Betty Gabriel),  que é tipo uma paramédica, que sai com uma ambulância modificada à procura de pessoas feridas durante a noite do expurgo.

Os três acabam sendo peças fundamentais para Leo e Charlie.

Muitas coisas acontecem, esse filme é cheio de informação mesmo. Mas, nada que seja muito confuso. Adoro muito todas as cenas, mas em especial gosto da cena onde aparece uma “participante” do expurgo chamada Kimmy.

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Para mim, os três filmes foram ótimos, e dizer que eles não cumpriram o seu principal papel, que é o de entretenimento, seria injusto. É claro que não perfeitos, mas deve-se levar em conta que (quase) toda produção tem sua cota de erros de continuidade, atuações pobres, e momentos de fraca direção.

The Purge preencheu todas as cotas possíveis, haha… mas de todos os erros, para mim o pior foi a super inflação do ego de James DeMonaco, que mesmo com um ótimo argumento, não foi capaz de trabalhar em cima das oportunidades. Clássico erro de não saber delegar tarefas, ou de uma produção com orçamento curto.

Muito embora DeMonaco tenha pecado em alguns aspectos, o diretor e autor do filme ganha MUITOS pontos em relação a originalidade da história. Já, relacionado à estética e trilha sonora, os filmes de The Purge, estão muito bem auxiliados.

The PurgeAno de Eleição trabalha muito bem em fazer uma crítica à sociedade, principalmente no que diz respeito ao fato de que são sempre os pobres quem acabam sofrendo.

Nos filmes fica claro que a noite do expurgo existe basicamente para 1. o divertimento dos ricos, já que até a indústria do turismo (de terror) está lucrando, e 2. como forma de eliminação dos pobres que vivem nas ruas.

Além disso, me pergunto se o sucesso do filme não estaria ligado à quantidade de pessoas que participariam “ativamente” do evento, caso o mesmo existisse?! Uma coisa é certa: todo mundo possui desejos, que muitas vezes não tem coragem de admitir.

Agora é com você! Me diga nos comentários o que você faria se a noite do expurgo fosse realidade! 🙂
Beijos,

Ezi

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