Como é a experiência de um vôo internacional com crianças menores de 3 anos?

Quem me conhece sabe o quanto sou privilegiada de ter a oportunidade de fazer viagens. Quando criança o máximo que eu ia era na casa de parentes na praia. Morava no interior e nem fazia idéia do tamanho do mundo.
Quando fui pra faculdade e comecei a namorar, meu namorado foi viajar para fazer intercâmbio e lembro de ficar com saudades, mas nunca cogitei viajar também.
Isso até ganhar uma bolsa de estudos em 2009 e ter a oportunidade de morar por 1 ano nos Estados Unidos, com tudo pago!

E aí, amigos e amigas, a minha vida mudou! Durante esse tempo que morei fora consegui fazer algumas viagens também e ali começou a paixão!

Ao retornar para casa em 2010, eu sabia que viajar tinha se tornado uma prioridade para mim.

Ainda assim, não dá para romantizar, não é simples de viajar, por vários motivos (principalmente $$$), tanto que por muitos anos após a bolsa de estudos a gente não viajou.

Em 2014 tivemos uma oportunidade DE OURO, e conseguimos viajar com mais pessoas, para Orlando.
Fast forward de 2014 para 2023, viajamos todos os anos, com exceção de 2020 e 2021, por causa da pandemia.

Como viajamos tanto? Bom, isso é assunto para outro post! 😊

Agora somos em três, e viajar ainda é uma prioridade nossa. Em 2022, nos organizamos e resolvemos fazer nossa primeira viagem internacional “pós” pandemia. Decidimos ir para Orlando, novamente, pois seria uma viagem “mais fácil”, onde já conhecemos e sabemos o que esperar, mesmo que viajando com uma criança pequena que seria novidade para a gente. Convidei a minha mãe e ela topou ir conosco novamente, assim ela aproveitaria a viagem e nos ajudaria como pudesse com o Theo.

Então compramos as passagens e tiramos a poeira dos passaportes. Fizemos o passaporte e visto do Theo, meu filho, bem rapidamente, o que foi uma grande surpresa.

E começamos a montar um roteiro e reservar hospedagem, carro e seguro saúde para o período escolhido.

Estava bem apreensiva, pois sabia que mesmo conhecendo o local, seria completamente diferente de viajar a lazer.

Nesse post, irei contar como foi a experiência da viagem de avião de ida e de volta. Irei fazer outros posts sobre como foi a viagem em si, em breve!

O periodo que compramos as passagens foi de 12 de Setembro à 24 de Setembro.

Para ir escolhemos um vôo noturno, e para voltar um vôo diurno.

Então fizemos o seguinte trajeto:
IDA – Aéreo: Porto Alegre – Campinas – Fort Lauderdale + terrestre até Orlando
VOLTA – Hollywood (praia) até Fort Lauderdale terrestre + Aéreo: Fort Lauderdale – Campinas – Porto Alegre

Estávamos com baixas expectativas em relação à experiência. Voamos com a Azul e temos direito a entrar no Lounge da Azul, então sabíamos que pelo menos teríamos um período de descanso com alimentação inclusa antes de embarcar.

Já havíamos voado com o Theo em vôos mais curtos, e até então ele havia se saído bem em praticamente todos eles, mas ele era mais novinho. No aeroporto, antes do embarque, ele fez a gente suar de tanto que correu para lá e para cá. Além de derrubar as bolachas que levei para ele comer.

Já, o vôo de Porto Alegre para Campinas foi tranquilo até certo ponto. Como ele já estava com 2 anos e 11 meses, ele estava bem esperto e claramente não estava interessado em ficar sentado esperando o tempo passar. Além disso, ja estava na idade de ter seu proprio assento, então eu dei meu celular pra ele mexer um pouco e também quando chegaram os lanchinhos ele comeu e ficou bem.

Chegando em Campinas, que aeroporto ENORME! Não é legal, com crianças, ter que pegar ônibus para sair do avião e ir para o terminal. É aquela correria de carregar as malas de bordo/mochila/bolsa, mais se certificar que todas as pessoas estão no ônibus, pra não repetir a terrível cena de “Esqueceram de mim”.

Sorte que chegando no terminal, fomos direto para o Lounge Azul, que nada mais é do que a sala VIP da Azul.

Ali começou o terror hahaha.

A gente só queria sentar, comer e relaxar. Mas quem tem filhos sabe que não é bem assim que funciona. Meu noivo e minha mãe foram se servir. Não dá pra ver um “buffet livre” que as pessoas se transformam :D. Já eu, corri atrás do Theo. Logo ele descobriu o espaço kids, com alguns brinquedos, TV e mesinhas, e daí começou a brincar um pouquinho e ver TV. Daí, peguei uma porção de comida para ele e ele jantou. Depois, eu jantei.

Ficamos ali por um bom tempo, depois de um tempo o espaço kids já não tinha mais graça e então ele começou a correr e eu a ir atrás. Férias com criança não são férias de verdade, não é?
Mas o Lounge Azul é um respiro maravilhoso comparado a viajar na correria atrás de banheiro/restaurante que fique relativamente perto do portão de embarque. Então foi muito proveitoso, mesmo que cansativo. E olha que a viagem nem tinha começado direito.

Depois de correr um tempão, ele finalmente cansou e entreguei o celular com a esperança de que ele não dormisse, pois tinha medo que quando fossemos para o avião ele não iria dormir de novo. Deus me livre hahahha.

Saímos do Lounge às 23hs mais ou menos e fomos para o portão. Tinha bastante gente, mas temos direito à fila preferencial, então embarcamos rapidamente no avião.

Que sensação maravilhosa de viajar de novo depois de tanto tempo sem viajar!

Às 23h15min já estavamos sentados nos nossos assentos com uma bela surpresa! No aviao que pegamos, os nossos assentos faziam parte do SKY SOFA da Azul. Então, o assento tinha um pedaço que subia e conseguiamos nos sentar de forma mais confortável, além de ter um espaço a mais para as pernas.

O avião tinha 2 assentos em cada lateral e 4 assentos no meio. Como viajamos em quatro pessoas, fomos no meio.

O vôo de ida foi ÓTIMO! Não poderia ser melhor mesmo. Meu filho sempre teve uma rotina de sono muito solidificada à noite, então naquela altura do campeonato ele estava muito cansado.

Acabamos levantando a parte dos pés do assento e coloquei ele com a cabeça para baixo e as pernas no encosto hahaha, acho que ele ficou o mais confortável possível!

Demos a mamadeira para ele e em menos de cinco minutos ele pegou no sono. Agora era manter ele naquele estado por pelo menos umas 8hs hahahha.

Ele dormiu ferrado por horas. Em alguns momentos ele se mexeu bastante e quase acordou mas daí eu fiz um carinho e ele retornou ao sono. Deixei ele com calça e blusão e ainda o tapei com o cobertor que recebemos. Mesmo com a luz interna e o barulho, ele continuou dormindo, coloquei um travesseiro de pescoço perto do rosto dele para aliviar a luz e pronto.

Só foi complicado de jantar sem me mexer muito para não atrapalhar o sono dele, que era minha prioridade.

Eu não consigo dormir em vôos longos, então coloquei uma playlist e ouvi umas musicas, além de jogar uns joguinhos na Tvzinha. Não me atrevi a ver filmes, pois estava morta de medo que ele iria acordar com a claridade.

Para mim foi um LONGO vôo hehehe mas valeu a pena a experiência. Por sorte, ele dormiu a noite toda e acordou pouco tempo antes de servirem o café da manhã, o que devo dizer é uma loucura pois em casa ele dorme em média até as 6:30 (salvo algumas pouquissimas exceções).

Fomos no banheiro, daí serviram o café da manhã e ele comeu. Logo em seguida o avião chegou ao destino.

Pegamos nossas malas, passamos na imigração e pegamos o carro para ir para Orlando.

Entre escolher o carro e sair do aeroporto, passou uma vida toda. Estava extremamente quente em Fort Lauderdale. A gente suava no estacionamento visto que em Porto Alegre ainda fazia relativamente frio e viajei usando calça de moletom!

A viagem de Fort Lauderdale para Orlando de carro dura em média 3 horas. Como nosso check-in na casa era de tarde, estávamos tranquilos em relação ao tempo.

Eu não dormi então estava só o pó. Mesmo tendo dormido, meu noivo e minha mãe também estavam cansados afinal de contas não foi uma noite super confortável. Já o Theo… estava com a corda toda!

Decidimos ir num shopping proximo do aeroporto para passar o tempo e as tentações já começaram hahaah, foi bem cansativo correr atrás do Theo o tempo todo mas sobrevivemos.

A viagem de carro foi tranquila, as rodovias americanas são uma delícia. Não tem pedágios onde precisamos parar então seguimos até Orlando numa viagem bem suave. Daí eu dormi… e que soneca gostosa e necessária hehehe.

O resto das férias foram muito boas, em breve mais posts sobre.

Agora chegar em casa foi um DESAFIO a parte.

Nosso vôo de volta era diurno. E claro que o Theo ia dormir não é? NÃO, NÃO É.

Saímos de casa na correria um pouco atrasados e chegamos no aeroporto em cima da hora. Acabou que o vôo atrasou hahahahha. O Theo estava super descansado, comemos um lanchinho no aeroporto, que estava superlotado… e corremos de um lado para o outro atrás do Theo. Ninguém mais aguentava e eu só pensava na viagem até chegar em casa!

Com o atraso que tivemos, a Azul nos deu um voucher no valor de USD 125,00, aí que me refiro!!!

 

Embarcamos no avião as 10h15min mais ou menos e o vôo foi um terror ☹

O Theo não dormiu, fez bastante bagunça e deu bastante trabalho. Como eu havia ficado acordada no vôo de ida, decidi que seria meu momento de tentar aproveitar o vôo, afinal de contas com o Theo acordado não daria para meu noivo dormir hahahah (coitado… nem tanto :p)

Então escolhi um filme e vi ele todinho, dividido em suaves parcelas de meia hora. Depois que acabou, escolhi outro filme e então já estavamos quase chegando.

Mas a viagem de volta não estava perto de terminar.

Ainda tinhamos mais um vôo de Campinas para Porto Alegre e depois uma viagem de Uber para casa.

Chegamos as 19hs mais ou menos em Campinas e nosso vôo de para casa era perto das 23hs! O DESESPERO.

Ele estava a mil pelo Brasil! Queria ficar olhando a telinha, mexer no celular. Então deitei ele entre o Diego e eu e demos um suco para ele. Fiz muito carinho no rostinho dele e depois de um tempinho ele finalmente dormiu.

Chegamos em Porto Alegre, chamamos o Uber, chegamos em casa e colocamos ele para dormir e então no dia seguinte ele acordou cedão hahahah…

O que o vôo de ida teve de tranquilo, o de volta teve de estressante, mas valeu muito a pena e eu faria de novo! Durante os vôos parece que o tempo não passa, mas quando passa tudo fica melhor.

Viajar com uma criança pequena é muito mais trabalho do que lazer, mas as lembranças ficam na memória. Hoje eu olho as fotos e só penso em repetir a aventura.

Em breve trarei as informações do resto da viagem 😊

Espero que tenham gostado do post de retorno ao blog! Vamos ver como fica a questão de frequencia de postagens agora hehehe.

Se você estiver pensando em viajar com crianças e estiver com medo… a minha dica é ter baixas expectativas. Eu fui pensando que seria difícil mesmo e foi! Mas foi mais fácil do que eu pensava que seria.

Se puder ir, vá! As lembranças vão ser tão boas que os perrengues ficam em segundo plano!

Beijo,

Ezi

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